quarta-feira, 12 de setembro de 2007


Em 81 voltei para ÀGUAS CLARAS, desta vez de moto.Uma Yamaha TT 125. Foi uma aventura incrível também. Quase tão boa quanto em 75 quando fui de ônibus, trem, carona e à pé. Saí de Itajubá, sul de Minas, por volta das 10 horas da manhã. Calça de couro, jaqueta de couro e bota. Tudo preto. Cheguei 2 dias depois às 10 da noite, debaixo de chuva. O Festival só ia começar no dia seguinte, mas na estrada de Iacanga até a Fazenda Santa Virgínia tinha gente caminhando nos dois lados da pista. Os moradores da cidade se deram muito bem com a moçada. A cidade era pura festa. Todos os barzinhos estavam lotados. Na praça tinha um grupo de São Paulo que varou a noite tocando Led Zeppelin, Black Sabbath e Pink Floyd no violão, além de Gil, Caetano e Mutantes. Abraços. Betho

terça-feira, 11 de setembro de 2007


Em fevereiro de 75, a Editora ABRIL, publicou em um suplemento especial
da revista GERAÇÃO POP, uma matéria onde os jornalistas estimaram um público
de 15 mil pessoas. Esse cálculo foi feito com base no primeiro dia de festival.
Na realidade chegou gente até na madrugada do último dia. Constatou-se
mais tarde cerca de 30 mil pessoas do Brasil e até de alguns paises da América do Sul.

Abraços

Betho

domingo, 9 de setembro de 2007


No 2º dia do Festival de 75 a moçada já estava íntima do local. Todos podiam deixar sua marca, desenho ou mensagem num mural, logo abaixo do palco.
Não havia policiamento no local. Estava tudo liberado. Somente 2 policiais acompanharam de longe o evento. O Leivinha como sempre "comandando a banda..."
ou melhor as bandas.

FESTIVAL DE ÁGUAS CLARAS 2

Incrível como são as coisas, hein? Fuçando na internet achei o blog do Leivinha. Puxa, depois de tantos anos... Lógico ele nem deve se lembrar de mim. Fui representando o jornal da minha cidade, e nem jornalista sou, para cobrir o evento. A gente chegava, mostrava a carteirinha do jornal e eles emitiam um crachá de papel escrito à mão. (veja foto na postagem anterior). Resgatei o logo do Festival, vejam como era... Estou postando também a foto do Leivinha em 1975 e hoje. Ah! vocês sabem porque o apelido dele é Leivinha? Por causa da sua semelhança física com o jogador de futebol da copa de 70. Veja se as aparências enganam...
Dr. Antonio Checcin Júnior (Leivinha) hoje é advogado e mora na cidade de Cuiabá.Está no ramo da agropecuária e dá consultoria para realização de eventos. Felicidades Leivinha... A galera de Iacanga está planejando um "Reencontro"quem sabe nos encontremos por lá...!!!

sábado, 8 de setembro de 2007

FESTIVAL DE ÁGUAS CLARAS

Quando cheguei na fazenda já era madrugada (17 de janeiro de 1975). Uma sexta-feira "braba". O cansaço sumiu quando vi as luzes do palco atrás do morro. Um incrível som de guitarra do grupo PEYOTH fez com que todos se levantassem e começassem a dançar. Naquele momento eu esqueci tudo que tinha passado para chegar até lá, pois valeu a pena...
De manhã, quando o sol começou a despontar no horizonte, bateu o cansaço e dormi enquanto rolava o som do MORTALHA.
Meio dia, bateu uma fome... Achei uma barraca e comprei um sanduiche de pão integral. A gente tomava banho numa ducha improvisada e aproveitava para conhecer pessoas. Havia gente de todo lugar do Brasil. Conhecí um cara que veio do Peru, só para o festival. Loucura, né...

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

INÍCIO DE UMA GRANDE AVENTURA




Há muitos anos atrás, cerca de 32 anos para ser mais exato peguei minha mochila e fui para São Paulo. De lá fui de trem para Bauru. Só tinha maluco nos vagões. Fomos cantando as músicas dos Mutantes, Som nosso de cada dia, O terço e até aquela proibida de Geraldo Vandré, "Prá não dizer que não falei das flores". Peguei uma carona numa caminhonete até Iacanga e de lá fui à pé para a Fazenda Santa Virgínia. Fui um daqueles que não pagou para entrar... já era noite e o som já rolava... No outro dia fiz amizade com o pessoal de de um jornal de São Paulo e consegui me credenciar para fazer a cobertura jornalística para o jornal da minha cidade. Ganhei crachá que dava direito à alimentação e barraca para dormir. Apesar de não ser jornalista, eu ilustrava e tinha uma coluna no jornal do meu colégio (Colégio Estadual João XXIII - ITAJUBÁ-MG) chamado DETERGENTE e uma semana depois, fui convidado para escrever no jornal local a respeito de motoclismo. E entre uma nota e outra sobre corridas e motos eu falava sobre a minha aventura no FESTIVAL DE ÁGUAS CLARAS.